quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Aluno: Ame o que você faz!


Muitas vezes, as dificuldades que temos na vida escolar estão diretamente relacionadas ao grau de determinação, comprometimento e amor que empregamos na execução de nossas atividades. O estranho é que essas dificuldades se apresentam constantemente nos alunos e isso chama a atenção.

É fundamental saber o que nos leva a não querer estudar, ou a não gostar de estudar. Acho que todos concordam que quando ganhamos algo, deve haver naturalmente, um sentido de felicidade e realização, certo?! Caso esse sentimento não surja, geralmente buscamos entender o motivo e corrigi-lo. É fato que, quando estudamos ganhamos conhecimento, novas habilidades entre outras coisas. Então, por qual motivo algumas pessoas não se sentem felizes por isso? Em grande parte por não verem ou sentirem o que ganharam.

Um dado importante, sempre destacado como uma das principais reclamações dos estudantes, ou até em pessoas que já concluíram os estudos, é a de ter que estudar coisas que não veem sentido, utilidade ou necessidade em suas vidas. De fato, eu lembro de ter que aprender coisas em meus tempos de colégio que nunca mais utilizei (por exemplo, a fórmula de Bhaskara), mas de certa forma, consigo ver o valor delas para o meu crescimento e sei que estas mesmas devem ser muito úteis para profissionais de determinadas áreas. Nem todos consegue enxergar ou se aproveitar disso, o que é bem normal, comum e recorrente.

Não precisa ser nenhum especialista no assunto para saber quais matérias os alunos tem mais aversão e quais eles mais se identificam ou gostam. Caso queira, faça uma simples enquete com seus alunos ou filhos e logo descobrirá. Em geral, matérias mais técnicas como química, física e matemática fazem parte do hall das mais odiadas nas pesquisas de opinião (estou apenas levando em conta algumas buscas simples que fiz no Google). É óbvio que essas matérias são necessárias, mas também possuem no currículo conteúdos bem pouco usuais ou com díficil comprovação de sua aplicabilidade.

Creio que grande parte dos problemas da perda de interesse ou repúdia dessas matérias está relacionado a ausência de programas que busquem exemplificar o uso desses conteúdos, ou até de usos pouco atrativos. Sei que há tantas formas saudáveis, divertidas e até mesmo empolgantes de ensinarmos, e com o uso de novas técnicas e tecnologias podemos criar novas formas e métodos para todo e qualquer tema.

Se mantivermos um modelo antiquado, milenar (perjorativamente) e chato, vamos continuar vendo as crianças e jovens muito mais interessados em acessar sites de bobagens, piadas, entre outros conteúdos, muito mais animados, e chamativos do que em aulas e no aprendizado.

É imprescindível cativarmos nossos alunos, buscarmos despertar neles o desejo e amor pela sabedoria e conhecimento, para que eles possam levar este espírito como parte fundamental de suas personalidades durante a vida adulta.




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